Recursos da Caixa para habitação decepcionam construção civil

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Recursos da Caixa para habitação decepcionam construção civil
Residenciais Mossoró 1, 2 e 3 estão com obras paralisadas há seis meses / Crédito da foto: Reprodução

Recursos da Caixa para habitação decepcionam construção civil
Residenciais Mossoró 1, 2 e 3 estão com obras paralisadas há seis meses / Crédito da foto: Reprodução

Magnos Alves/Da Redação

A previsão de recursos a serem aplicados pela Caixa Econômica Federal em habitação em Mossoró no primeiro semestre deste ano não agradou à indústria da construção civil.

Segundo o gerente geral da Caixa em Mossoró, Julierme Torres, a meta de investimento é da ordem de R$ 26 milhões para os seis primeiros meses de 2018.

Pode até parecer muito, mas para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Mossoró (SINDUSCON), Sérgio Freire, um bom volume a ser destinado para o setor seria, no mínimo, o dobro do previsto pelo banco. “É muito pouco e está longe de satisfazer. Tem empresa em Mossoró que sozinha, se não ultrapassar, fatura perto disso em um ano”, argumenta o engenheiro.

Julierme observa que os recursos são destinados para financiamento de projetos da iniciativa privada e não inclui projetos sociais, do tipo do conjunto Odete Rosado, por exemplo. “Os recursos são destinados a projetos da iniciativa privada, como pessoas que vêm individualmente em busca de financiamento para construir a sua casa, os imóveis que as construtoras fazem e vendem, como o residencial Nova Mossoró e os que estão localizados no Sumaré”, reforça.

O gerente da Caixa acrescenta que vários empreendimentos privados estão em fase de aprovação pelo banco. Eles devem receber aporte de recursos dentro da meta dos R$ 26 milhões, que ainda não estão comprometidos.

O valor a ser destinado à habitação foi informado por Julierme Torres durante reunião com vereadores de Mossoró na tarde de quinta-feira (18) na agência da Caixa da Rua Coronel Gurgel, Centro, e confirmado pelo JORNAL DE FATO com o gerente.

O encontro foi solicitado pela Câmara Municipal para tratar sobre o déficit habitacional de Mossoró e contou com a participação dos vereadores Izabel Montenegro (presidente), Ozaniel Mesquita, Petras Vinícius, Raério e Manoel Bezerra.

A reunião tratou ainda de casas fechadas no conjunto Santa Júlia; necessidade de atualizar o plano diretor; construção de 500 casas próximo ao conjunto Odete Rosado; projetos sociais para beneficiários das moradias; entre outros assuntos.

“Foi uma audiência muito positiva, na qual a gerência da Caixa traçou um panorama positivo de investimentos para Mossoró neste ano, o que nos dá confiança para uma boa retomada do setor imobiliário no município em 2018”, avalia Izabel Montenegro.

Conclusão dos residenciais Mossoró 1, 2 e 3 ainda está indefinida

A conclusão dos residenciais Mossoró 1, 2 e 3 ainda está indefinida. Os empreendimentos fazem parte do programa Minha Casa Minha Vida, mas estão com as obras paralisadas há, pelo menos, seis meses, segundo a própria empresa responsável pelos serviços, a construtora Borges e Santos.

Julierme Torres informou que a empresa está com dificuldades para concluir a obra e apresentou uma proposta à Caixa para tentar concluir, que depende de avaliação da matriz e está tramitando em Brasília (DF). Há também a possibilidade de uma nova empresa ser contratada para concluir os residenciais. “Pode haver a contratação, mas isso ainda não está definido. Ainda vai demorar, talvez até este semestre”, esclareceu o gerente.

A construtora Borges e Santos afirmou ao JORNAL DE FATO que a obra será retomada em breve. Os três empreendimentos somam 900 unidades.

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